terça-feira, 10 de agosto de 2010

PEREGRINA

Existe uma mulher, peregrina,
buscando cumplicidade.
Precisa de compartilha
em suas alegrias,
em seus planos, seus enganos,
suas lembranças,
sua fé...

Tendo tudo isto,
ainda assim é insegura,
pois não sabe ser sózinha,
desconhecendo
quem "o outro é"!

Desnudou-se
de máscaras ou armadura,
e, em sentimentos transparentes
se mostra, íntegra,
ao se doar a vida.
Ardente, incompreendida...

Quem nasceu para ela
não está à sua procura?
Não há mãos nas mãos,
nem toques de ternura...

Será a sua sorte,
dar-se em penhor à morte,
à espera de ser transformada
em menos limitada criatura?

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